sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nem todos os fardos são ruins


Eu ouvi a velha história primeiro como uma criança e aprendi seu
significado como um adulto. Um antigo relógio ficou em pé por três
gerações no mesmo canto da casa. Fez tique-taque dos minutos, horas,
e dias durante todos esses anos. Dentro dele havia um grande peso
numa cadeia que tinha que ser puxado regularmente para o topo para
manter o relógio funcionando. “Não dá”, pensou um novo dono, “para um
relógio velho assim ter que agüentar aquele peso.” Assim ele tirou o
peso da sua cadeia e colocou num estante.

É claro que, imediatamente o relógio parou de funcionar.
“Por que você tirou meu peso?” perguntou o relógio.
“Eu só quis aliviar seu fardo,” respondeu o homem.
“Por favor,” disse o relógio, “coloque de volta. Isso é o que me
mantém funcionando.”

Um amigo deixou a esposa dele e duas filhas recentemente. Ele disse
que estava cansado de todas as demandas—hipoteca, educação,
relacionamentos difíceis. Ele tinha se convencido que coisas iam
melhorar tirando todo esse “peso”.

Talvez nós nos esforçamos demais às vezes. Nós não somos muito
inteligentes quando nós tentamos fazer muita coisa por muito tempo.
Há um ponto de esgotamento físico e emocional além do qual
simplesmente não podemos funcionar. É por isso que uma quantidade de
trabalho razoável precisa de um intervalo periódico para renovação.
Todo mundo precisa disso.

É verdade que nossos egos nos empurram para continuar empilhando
trabalho sem admitir a necessidade por ajuda ou férias. Nós seríamos
mais sábios se tivéssemos a visão do velho pastor. Uma mulher ligou
para o escritório dele na quinta-feira, o dia dele de descanso. Ela
ficou brava porque ele não podia atender. Assim ela teve que falar
com outra pessoa. No domingo ela teve uma conversa bem franca com ele
e terminou dizendo, “O diabo nunca tira um dia de folga!” O Cristão
mais maduro respondeu, “Você está correto. E se eu não tirasse daqui
a pouco eu estaria igual a ele.”

Não fica ressentido com suas responsabilidades ou os realize com
suspiros e reclamações. O função delas é de lhe manter funcionando e
não acabar com você. Elas lhe permitem fazer uma contribuição para
seu mundo. Elas lhe unem a outras pessoas. Elas lhe dão a chance de
fazer uma diferença nas vidas das pessoas mais próximas a você. Os
executando com uma atitude positiva e com seu melhor esforço honra o
Senhor. 

Se isto soa muito idealista para sua rotina cotidiana, leia estas
palavras que um apóstolo escreveu a pessoas que viveram em
escravidão: “Servos, obedeçam aos seus senhores aqui na terra com
temor, respeito e sinceridade nos seus corações, da mesma maneira que
vocês obedeceriam a Cristo. Não trabalhem apenas quando estão sendo
vigiados, como se estivessem procurando agradar aos homens. Mas
trabalhem como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de
Deus. Sirvam de boa vontade, como se fosse ao Senhor, e não aos
homens.” Efésios 6:5-7 (Versão Fácil de Ler)

Por, Rubel Shelley 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Foco

"Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a        Deus, daqueles a quem Ele chamou de acordo com o seu plano" (Rm. 8:28)                                                              
              

Pensar além do aqui agora é muito difícil. Poucas pessoas investem tempo com o que não podem ver, tocar ou explicar. Mas, o modo de vida proposto por Deus é baseado, principalmente, na fé: aquilo que não se toca, enxerga ou explica. Mudar o foco significa abandonarmos a idéia de ocupar o centro de nossas próprias vidas, e enxergarmos as coisas do ponto de vista de Deus, aceitando Sua vontade como referencial de posicionamento. A vontade de Deus é absoluta e imutável e não pode ser entendida antes que aconteça. O mundo não está girando, perdido e sem lógica, pelo espaço; tampouco aguarda o seu destino aleatoriamente. Deus nunca é pego de surpresa. Reconhecer esse fato pode ser muito difícil para aqueles que passam por um momento de dor e sabem que Deus já conhecia tudo de antemão. Porém, enxergando do ponto de vista correto, essa é, também, a forma que o Pai usa para nos consolar. Nada foge de Seus planos. Por maior que seja nossa dor, Ele continua cuidando de nós, permanece ao nosso lado, não nos abandona, e conhece o nosso futuro. Justamente por esse motivo confiamos Nele! Tudo o que Ele faz, ou permite que aconteça, faz parte do Seu plano para tornar-nos mais parecidos com Jesus! Ele não induz ai pecado, mas permite que façamos nossas escolhas, ainda que equivocadas. Ele deseja o arrependimento e não gosta de ver Sua criação perecendo, mas, até mesmo isso Ele usa para cumprir o Seu propósito Nela!                                                                                
                           
By, Dayanna Dias   

terça-feira, 19 de abril de 2011

Nóis na Fita

DSC00351 by Dayanna Dias
DSC00351, a photo by Dayanna Dias on Flickr.

Amigos Especiais!

Sob a Lua da Páscoa


Nota: do blog de Lois Tverberg – Nosso Rabino Jesus: Sua vida Judaica
e Ensinamento.

Isto é uma citação do livro “Sentando aos Pés do Rabino Jesus: Como o
Judaismo de Jesus Pode Transformar Sua Fé”. Usado com permissão. Nós
acreditamos que este livro é digno de seu tempo e atenção!

A lua cheia da Páscoa olhava para Jesus. Sua luz passando através das
folhas que balançavam da oliveira, seus galhos tremendo com a brisa
do início de abril. Apesar do frio da noite, o suor brilhava na sua
testa. Ainda orando, ele se levantou e olhou através da escuridão,
ouvindo um murmurar distante de vozes. Um dos seus discípulos (um
talmidim), Judas, se aproximava. Seguia-o um grupo de soldados,
subindo o monte.

Sob uma árvore próxima, Pedro, Tiago e João estavam deitados no chão.
Duas vezes Jesus lhes implorou para que ficassem acordados, para que
vigiassem com ele, na noite mais difícil de sua vida. Mesmo assim,
ali estavam eles, cobertos por seus mantos grossos , bocas
entreabertas, e roncando suavemente, desapercebidos da ameaça que se
aproximava…

Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus
discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”.

Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e
angustiado.

E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza
mortal. Fiquem aqui e vigiem”. Indo um pouco mais adiante,
prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela
hora. E dizia: “Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este
cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”.
Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Simão”,
disse ele a Pedro, “você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma
hora? Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está
pronto, mas a carne é fraca.”

Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras.
Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos
estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer. Voltando pela
terceira vez, ele lhes disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Basta!
Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos
dos pecadores. Marcos 14:32-40 (NVI)

Sempre que eu lembro desta cena do Getsêmani, é inevitável que eu
pense nos discípulos narcolépticos de Jesus. Como eles conseguiram
dormir quando seu Rabino amado lhes implorou que permanecessem
acordados e vigilantes? Como eles conseguiram cair no sono quando a
história da salvação estava para atingir o seu clímax? Eu não
consegui imaginar uma resposta satisfatória, e esta era apenas umas
das várias perguntas que enchiam minha cabeça sempre que eu pensava
naquela semana fatal.

Eu lembrei de cultos de Domingo de Ramos que eu presenciei antes, no
qual apenas alguns minutos depois das crianças virem abanando
alegremente ramos de palmeiras para celebrar a entrada triunfal de
Jesus em Jerusalém, o clima muda, tornando-se solene à medida em que
a narrativa da paixão é lida. Por que as multidões em Jerusalém
estavam tão volúveis, adorando Jesus numa semana e odiando-o na
próxima? E por que, eu tentei entender, Jesus escolheu um seder (uma
liturgia bíblica) de Páscoa para celebrar a última refeição da sua
vida?

Avance dois mil anos, para o salão de reunião da minha igreja, na
tarde de Quinta-feira antes da Páscoa, conhecida como Quinta da
paixão. Nós estamos fazendo preparativos para um seder de Páscoa.
Como amadores gentios, estamos fazendo o melhor que podemos para
recriar a Última Ceia, dando-nos uma chance de meditar no seu
significado. Exatidão histórica perfeita não é o alvo. Nosso alvo é
reviver um pouco da última noite de Jesus com seus discípulos, a fim
de apreciarmos melhor o culto da Quinta da paixão.

Por toda a tarde a cozinha fervilha com barulho de panelas e
conversas, enquanto corremos cumprindo nossas responsabilidades,
picando salsa, cozinhando ovos e servindo molho tártaro nos pratos.
Quando finalmente nos sentamos, eu estou faminta. O relógio se
arrasta enquanto eu aguento a longa liturgia do Seder (sequência de
textos bíblicos), só com uma mordida de salsa molhada em água com
sal, e matzah (pão sem fermento) bem duro, com molho tártaro para
degustar. Quando finalmente chegamos à nossa simples refeição de
cozido de carneiro, eu devoro meu humilde banquete! Depois,
apressadamente ajudo na limpeza e entro no culto que já começou,
sentando-me lá no fundo. A liturgia é triste e solene.

Os acontecimentos do dia começam a pesar sobre mim – os preparativos
incessantes, início da liturgia sentindo-me esfomeada, e depois
comilança para compensar. Eu sinto uma letargia esmagadora me tomar.
Na próxima hora, as luzes do santuário gradualmente diminuem para
escuridão total. Eu quase nem consigo enxergar através de pálpebras
semi-fechadas. À medida em que o culto prosegue, eu levo um susto.
Alguém chamou meu nome? Eu quase consigo ouvir a decepção na voz de
Jesus “Nem por uma hora você consegue vigiar comigo?”

Eu sempre pensei que as multidões tinham sido inimaginavelmente
volúveis.

Subitamente eu entedi porque foi tão difícil para os discípulos
ficarem acordados! E eles tinham uma desculpa ainda melhor que a
minha. A comemoração tradicional da Páscoa envolvia uma refeição
imensa e quatro copos de vinho, e eles começaram ao por do sol e
terminaram depois da meia noite. Além do mais, isso ocorreu depois de
vários dias de viagem e preparativos exaustivos. Com certeza todo
mundo em Jerusalém gostaria de ir direto para a cama após o banquete
tarde da noite. Conscientes deste constante problema, os rabinos
decidiram que uma pessoa que sonecasse levemente poderia ainda fazer
parte do jantar da Páscoa, mas qualquer pessoa que dormisse
profundamente não poderia.

Nossa tentativa amadora de reviver a Última Ceia deu-me oportunidade
de descobrir outras coisas sobre as últimas horas da vida de Jesus.
Por exemplo, eu entendi porque os líderes tinham combinado de prender
Jesus depois da refeição da Páscoa. Um homem tão popular não poderia
ser preso à luz do dia. Para evitar um tumulto, os chefes dos
sacerdotes tinham de proceder em segredo. Então eles deixaram Judas
levá-los a Jesus enquanto ele estava fora da cidade. Páscoa era a
escolha perfeita, porque toda família judaica estaria celebrando a
festa que começava ao por do sol.

A prisão e o julgamento de Jesus foram tranquilos, ocorrendo durante
a madrugada, quando a maioria das pessoas que o apoiavam estavam
dormindo. As negações de Pedro ocorreram quando o galo cantou, por
volta das quatro ou cinco da manhã. De acordo com o evangelho de
Marcos, a última fala de Jesus foi dita ao nascer do sol (Marcos
15:1). Temos que perguntar, que grupo de pessoas estava acordado ao
amanhecer num grande feriado judaico para gritar “Crucifica-o!”? A
maioria, sacerdotes corruptos e soldados romanos que queriam matar
Jesus. 

Mas, tem mais. Jesus foi crucificado às nove da manhã – a hora do
primeiro culto do dia no Templo ! As autoridades sabiam que tinham
que terminar seu julgamento secreto antes que as multidões
reentrassem na cidade. E de fato, enquanto Jesus carregava sua cruz
para fora da cidade, as pessoas que o apoiavam reaprarecem, chorando
alto ao verem-no ser levado para sua morte (Lucas 23:27). Seus
seguidores acabavam de tomar conhecimento do que havia sucedido
durante a noite.

Antes da nossa celebração da Páscoa na minha igreja, eu sempre
julgara as multidões inimaginavelmente volúveis, vibrando com Jesus
num dia e gritando por sua cabeça no outro. Mas os que apoiaram Jesus
nunca mudaram de idéia! Como poderiam, se nem estavam presentes na
sua prisão e julgamento? A conspiração inteira foi executada depois
da comemoração da Páscoa, enquanto a maioria das pessoas dormia
profundamente.
Por Ann Spangler e Lois Tverberg.

sábado, 16 de abril de 2011

O Teste do Túnel


Seguramos o fôlego enquanto ele desaparecia no túnel. Éramos cinco.
Cinco meninos cheios de alegria. Estávamos de férias (no verão) e
resolvemos fazer alguma coisa no terreno vago perto de casa. A terra
daquela parte do Texas era um lugar ideal para brincar.

Naquele dia especial parecia-nos que a atenção do mundo inteiro se
concentrava naquele túnel. Havíamos cavado um buraco de cerca de um
metro de largura e um metro e meio de profundidade que atravessava o
terreno. Para dar-lhe a aparência de um túnel, nós o cobrimos com
placas de madeira compensada cobertas com uma camada grossa de terra.

Camuflamos a entrada e a saída com ramos de árvores e, pronto!
Tínhamos um túnel subterrâneo, preparado para entreter toda a
meninada da vizinhança enquanto combatiam índios, escapavam de ser
presos como escravos, e invadiam a Normandia.

Aquele era o dia do teste do túnel. Seria forte o bastante?
Suficientemente largo? Iria desmoronar? Será que era profundo demais?

Comprido demais? A única maneira de descobrir tudo isso era arranjar
um voluntário para atravessá-lo pela primeira vez. (Minha memória
talvez falhe neste ponto, mas penso que foi meu irmão quem concordou
em experimentar o túnel).

Que momento de tensão! Nós cinco ali parados em nossas camisetas e
calças jeans. Dissemos as últimas palavras de encorajamento. Demos
tapinhas em suas costas. (Admirávamos o seu auto-sacrifício).

Ficamos em silêncio enquanto ele se abaixou, firmando-se nas mãos e
nos pés, e entrou no túnel. Prendemos a respiração enquanto
observávamos as solas de seus tênis desaparecerem na escuridão.

Ninguém falou enquanto esperava. O único movimento era o pulsar de
nossos jovens corações, enquanto fixávamos os olhos na saída do
túnel.

Finalmente, depois de cada um de nós ter morrido praticamente mil
vezes, a cabeça loura de meu irmão apareceu do outro lado. Posso
lembrar-me de seu polegar levantado em triunfo enquanto escorregava
para fora, gritando: "Não é difícil. Não se preocupem!" E quem podia
dizer o contrário diante do testemunho de vê-lo vivo e bem disposto,
pulando na saída do túnel? Todos entramos nele!

Existe algo sobre um testemunho vivo que nos encoraja. Uma vez que
vemos alguém saindo dos túneis escuros da vida, compreendemos que nós
também podemos vencer.

Será que Jesus foi chamado de nosso pioneiro por isso? Teria sido
essa uma das razões que o fizeram consentir em entrar nas medonhas
câmaras da morte? Deve ter sido.

Suas palavras, embora convincentes, não bastaram. Suas promessas,
apesar de verdadeiras, não conseguiram acalmar o medo do povo. Seus
atos, até mesmo o de ressuscitar Lázaro da morte, não convenceram a
multidão de que a morte não devia ser temida.

Aos olhos da humanidade, a morte continuava sendo o véu negro que a
separava da alegria.

Não havia vitória sobre este inimigo oculto. Seu odor de podridão
invadia as narinas de todos, convencendo-os de que a vida terminava
de repente e não tinha qualquer sentido.

Coube ao Filho de Deus revelar a verdadeira natureza desta força. Na
cruz ocorreu a revelação. Cristo mostrou as cartas de Satanás.
Cansado de ver a humanidade iludida por um disfarce, ele entrou no
túnel da morte para provar que havia uma saída. Enquanto o mundo
escurecia, a humanidade segurava sua respiração. 

Satanás desferiu seu melhor golpe, mas não foi o suficiente. Nem a
escuridão do túnel do inferno pôde vencer o Filho de Deus. Nem mesmo
as suas câmaras conseguiram fazê-lo parar. Legiões de demônios aos
gritos nada puderam fazer contra o Leão de Judá.

Cristo saiu do túnel da morte, levantou a mão triunfante para o céu,
e libertou a todos do medo de morrer.

"A morte foi tragada pela vitória!"
Por Max Lucado.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Resto da História...


No ano 1815, Napoleão juntava as forças Francesas em Waterloo para
sua batalha contra o Duque Wellington e as tropas inglesas, belgas e
holandesas. A história nos ensina que Napoleão foi derrotado em
Waterloo. Mas, como foi que as pessoas que viviam em 1815 souberam da
notícia?

Para levar a notícia da batalha de Waterloo para a Inglaterra, um
navio britânico mandou um sinal para um homem na costa, que depois
assinalou para outro num morro distante, e assim adiante pela
Inglaterra. A primeira palavra enviada foi “Wellington”. A palavra
seguinte foi “derrota”. Daí veio uma neblina intensa e a mensagem
parou.

Como dá para imaginar, por toda a Inglaterra, o povo chorou e perdeu
o ânimo pela mensagem de duas palavras “Wellington derrota”. Mas,
quando a neblina se dissipou, foram enviadas mais duas palavras “o
inimigo”. O desespero se converteu em júbilo.

Eis o meu ponto. O que você acha que os discípulos pensaram de Jesus
quando viram os eventos que se passaram na sexta-feira da
crucificação? Mas, sexta-feira só tinha uma parte da mensagem. O
resto da história foi declarado no Domingo através do túmulo vazio. O
desespero se converteu em júbilo. 

(Jesus) estava ensinando aos seus discípulos. E lhes dizia: “O Filho
do homem está para ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão,
e três dias depois ele ressuscitará”. Mas eles não entendiam o que
ele queria dizer e tinham receio de perguntar-lhe. Marcos 9:31-32
Por, Steve Higginbotham 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Jesus e os transgressores


Está escrito: ‘E ele foi contado com os transgressores’; e eu lhes
digo que isso precisa cumprir-se em mim. Sim, o que está escrito a
meu respeito está para se cumprir”. Os discípulos disseram: “Vê,
Senhor, aqui estão duas espadas”. “É o suficiente!”, respondeu ele.
Lucas 22:37-38

O que estava para se cumprir sobre Jesus era sua morte entre dois
criminosos na cruz. Estes eram os “transgressores”. A rejeição de
Jesus já havia começado e estava caminhando rapidamente para seu
desfecho trágico.

Mas, os discípulos também seriam rejeitados e tratados como
“transgressores”. A diferença é que Jesus estava preparado e pronto
para ir à morte. Os discípulos ainda pensavam em lutar para se
proteger. Eles entenderam literalmente as palavras de Jesus sobre a
espada.

A Revista e Atualizada traduz melhor a resposta do Senhor: “Basta!”.
O que ele está dizendo é “Chega dessa conversa!” Jesus não iria pelo
caminho da luta armada, nem fugiria do seu destino. Vivemos numa
época de bastante tranqüilidade para muitos Cristãos. Apesar da
violência generalizada dos grandes centros urbanos, não é por motivo
de fé em Jesus que a maioria de nós sofremos agressões.

Mas, este dia pode chegar, e talvez antes do que esperamos. Quando
esse dia chegar, a melhor defesa é a armadura de Deus (Efésios
6:10-20). Será que estamos fazendo os preparativos necessários para
esta guerra? Será que estamos perseverando em oração, e levantando
nossas vozes contra a perseguição daqueles que hoje são tratados como
“transgressores” por causa de Jesus? Veja mais em
www.portasabertas.org.br 
Por, Dennis Downing 
 

Faça o que pode


Estando Jesus em Betânia, reclinado à mesa na casa de um homem
conhecido como Simão, o leproso, aproximou-se dele certa mulher com
um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro, feito de nardo
puro. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça de
Jesus. Alguns dos presentes começaram a dizer uns aos outros,
indignados: “Por que este desperdício de perfume? Ele poderia ser
vendido por trezentos denáriosb, e o dinheiro ser dado aos pobres”. E
a repreendiam severamente. “Deixem-na em paz”, disse Jesus. “Por que
a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo." Marcos
14:3-6

Eu não sou uma pessoa naturalmente compassiva, nem misericordiosa.
Durante minha juventude eu não conseguia enxergar bem as necessidades
da pessoa que estava sofrendo. Talvez porque até então eu nunca
tivera passado por grandes infelicidades. Mas qualquer pessoa que
viver tempo suficiente aqui neste mundo, sem dúvida, conhecerá sua
porção de decepções, tristezas, perdas. Com a graça de Deus eu tenho
experienciado minha porção de dor, mas Deus tem me sustentado, e às
vezes até carregado. E com o poder dele, espero que esses desafios
não sejam em vão, mas que, ao contrário, me tornem numa pessoa mais
capaz de reconhecer o “necessitado”, não necessariamente
materialmente falando, mas aquele que necessita de ajuda e conforto.

Talvez seja por isso que fico fascinada com a narrativa em Marcos
14:1-10. A história de uma mulher que reconheceu o sofrimento e a
necessidade daquele que curou e ajudou com as necessidades e tantos.

Esta passagem é muito interessante, pois acontece em Jerusalém,
e,como o texto nos informa, a apenas dois dias para a celebração da
Páscoa. Como sabemos, a celebração da Páscoa era o grande evento
anual no calendário judaico, especialmente em Jerusalém, centro
religioso. Esperaríamos que os líderes religiosos estivessem fazendo
muitos preparativos que facilitassem o “reavivamento”espiritual do
povo naquela época do ano, pois a Páscoa relembrava o grande
livramento que Deus dera aos israelitas, tirando-os do cativeiro e
escravidão.

Entretanto, para nossa surpresa, lemos que os chefes dos sacerdotes e
os mestres da lei estavam procurando um meio de flagrar Jesus em
algum erro e matá-lo. Tiveram o cuidado para fazê-lo de tal modo que
não causasse tumulto entre o povo (v.1-2). Em outras palavras, que
causasse menos problemas para eles e para sua reputação.

No final desta narrativa, também somos informados de que “Judas
Iscariotes, um dos doze, dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes a fim
de lhes entregar Jesus”(v.10) As negociações entre Judas e aqueles
líderes religiosos foram tão satisfatórias que Judas até seria pago
para fazer a entrega.

Entre estas duas cenas, onde vemos líderes religiosos (Judas estava
entre os doze e, portanto, fazia parte de um grupo privilegiado!)
engajados em tais atividades às vésperas da Páscoa, encontramos uma a
mulher que, de repente, na casa de Simão, o leproso, unge Jesus com
um perfume caríssimo! Os que estavam presente ficaram indignados com
a extravagância, pois de acordo com o texto, o perfume valia cerca de
seis mil reais (em valores de 2011) e, portanto, se vendido, poderia
ser usado para coisas muito mais “importantes”!

Provavelmente, alguns dos discípulos estavam no grupo que deu um
grande carão na mulher. Mas, Jesus saiu na defesa dela:
“Deixem-na em paz,… Por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa
ação para comigo…Ela fez o que pôde. Derramou o perfume em meu corpo
antecipadamente, preparando-o para o sepultamento”(v.6,8), disse Ele.

Sabemos muito pouco sobre esta mulher. Se ela tinha uma má fama, não
o sabemos com certeza. Será que ela era solteira? Casada? Separada?
Mãe solteira? Gorda? Magra? Bonita? Feia? Culta? Analfabeta? Alta ou
baixa? Não sabemos da cor da pele dela, nem da saúde dela. Só sabemos
que era uma mulher e que ouviu “poucas e boas” devido à sua ação em
relação a Jesus.

Mas Ele a defendeu, a tal ponto de dizer que onde fosse pregado o
evangelho, também seria contado o que ela fez “em sua memória”. Para
sempre lembrada pelo seu amor e devoção a Jesus.

Então, por que será que o Mestre valorizou tanto o gesto dessa
mulher, mesmo que aos olhos de outros tivesse sido um desperdício?
Talvez a resposta esteja nas palavras do próprio Jesus: “Derramou o
perfume em meu corpo antecipadamente, preparando-o para a sepultura”.

Nosso Senhor sabia o que estava para acontecer. Sua prisão, tortura e
morte estavam bem próximas. E como será que Ele estava se sentindo?
Como será que ele estava se sentindo sabendo que pelo mesmo três
vezes, ao tentar comunicar aos doze apóstolos o que estava para
acontecer, estes reagiram de maneira bem mundana, chegando ao ponto
de discutirem entre si quem teria mais poder uma vez que Jesus não
mais estivesse com eles?

Como será que ele se sentia sabendo que muitos judeus, apesar de
conhecerem as Escrituras e as profecias sobre o Messias, não
reconheceram o Messias quando este esteve diante deles, falou aos
seus ouvidos, e curou os seus corpos?

Como será que ele estava se sentindo sabendo que esta provavelmente
seria umas das últimas refeições prazerosas da sua vida terrena
(talvez a última), uma vez que na próxima narrativa, na última ceia,
Ele já teria que tocar no indesejável assunto de traição (de Judas) e
abandono (de todo o grupo)?

Como será que Ele estava se sentindo, sabendo como seria sua prisão,
tortura e morte, e todos os maus tratos que ele em breve receberia
daqueles a quem ele viera salvar?

No meio de toda esta tempestade na vida de Jesus, vem então esta
bonança, esta calmaria no gesto dessa mulher. Até parece que ela era
a única na qual havia “caído a ficha”, e que compreendia o que nosso
Senhor estava passando.

É verdade que nós não podemos mais ungir Jesus com um perfume
caríssimo, às vésperas da sua morte. Mas se olharmos ao nosso redor,
talvez possamos enxergar alguém que esteja também passando por uma
tempestade de angústia, solidão, abandono, rejeição.

Lembremo-nos do exemplo dessa mulher. Ela fez o que pôde. Às vezes só
temos um abraço para dar, mas pode ser exatamente o que a outra
pessoa está precisando. Pode ser que tudo que você tem é tempo para
ouvir o desabafo de alguém que está sofrendo. Para a pessoa que é
ouvida, você estará fazendo uma boa ação para com ela. Você estará
fazendo tudo que pôde. 

Uma visita ao hospital, um bolo preparado com amor, um cartão com uma
palavra de encorajamento, um e-mail dizendo que você está orando...
Pequenos gestos, que podem ser muito valiosos para alguém passando
pelo fogo. Pode haver formas de ajudar além do seu alcance. Mas,
sempre há algo, por mais simples que seja, que você pode fazer.

Não fique paralisado porque não pode fazer o impossível. Faça o que
pode! Para Jesus – isso é tudo!
Por, Germana Gusmão Downing.